Meu Celular: Forças de Segurança do Estado recuperaram mais de 6 mil celulares
14 de fevereiro de 2025 - 11:28 #Etice #Meu Celular #tecnologia
Larissa Falcão - Ascom Casa Civil - texto Carlos Gibaja - Casa Civil - fotos Yuri Leonardo - Casa Civil - infogrãfico
Novo lote começou a ser entregue nesta sexta (14), com 1.016 aparelhos
Implementado há menos de um ano, o programa Meu Celular, iniciativa do Governo do Ceará com tecnologia cedida pela Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), já possibilitou que as Forças de Segurança do Estado recuperassem mais de 6 mil celulares furtados, roubados ou perdidos. Nesta sexta-feira (14), o governador Elmano de Freitas, acompanhado da cúpula da Segurança Pública e do presidente da Etice, Francisco Barbosa, participou da entrega do novo lote de aparelhos no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza.
O governador ressaltou a contribuição da iniciativa para a queda significativa nos registros de roubo e furto de celulares no Ceará. “Estamos devolvendo, nesse período em que lançamos o programa [abril de 2024], mais de 6 mil celulares, e tivemos uma redução de furto e roubo. Resultado do trabalho intenso das nossas Forças de Segurança e, ao mesmo tempo, articulado com o Poder Judiciário, Ministério Público e as operadoras [de telefonia]”, destacou.
Ao todo, 1.016 aparelhos serão entregues desta sexta até a próxima semana. Um deles é o da vendedora de água Michele Silva, 41, que foi assaltada no Centro de Fortaleza no ano passado. Ela comprou o celular de maneira parcelada e, em janeiro deste ano, pagou a última parcela.
“Estava sem esperança, rasguei até o Boletim de Ocorrência, mas fiquei muito feliz quando a Polícia me ligou nesta semana. Eu disse ao policial que foi um trabalho incrível, porque o que a gente compra é muito suado”, disse.
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, pontuou o trabalho para enfraquecer a rede que lucra com esse tipo de crime. “Tem um crime que, em tese, não tem uma violência quando há a compra de um bem que é produto de roubo, que é a receptação, mas na origem do crime normalmente é uma violência muito grande. É importante a gente investigar toda essa cadeia de crime para chegar ao destinatário desse produto do roubo, que comercializa esses bens”, afirmou.
O estudante de odontologia Hugo Muniz, 25, teve o celular furtado em 2022 durante um evento privado na Capital. Na ocasião, o autor do crime conseguiu acessar a conta bancária do Hugo e efetuar um saque. “É um sentimento de alívio e até uma esperança, porque a gente vê que realmente a segurança está funcionando, conseguindo recuperar esses celulares”, ressaltou o estudante.
O Meu Celular engloba a ferramenta meucelular.sspds.ce.gov.br e as operações da Polícia Civil do Ceará. Nesse sentido, a PCCE tem buscado identificar os proprietários de aparelhos recuperados em operações, a partir das investigações realizadas pelo setor de Inteligência que atuou, cruzando informações fornecidas pelas as operadoras telefônicas e os Boletins de Ocorrência (BOs).
Como funciona a ferramenta?
Para fazer o cadastro, o usuário deve criar um perfil em meucelular.sspds.ce.gov.br, informando seus dados pessoais, a marca, modelo, IMEI e nota fiscal (caso ainda tenha) do aparelho comprado ou já utilizado.
Caso seja roubado, furtado ou tenha o aparelho extraviado, o usuário entra no endereço da plataforma e protocola a ocorrência, clicando em um alerta que sinaliza a restrição.
O alerta fica pré-ativado, inicialmente, por 72 horas, simbolizado pela cor laranja. O usuário deve formalizar um Boletim de Ocorrência (BO) com o IMEI, permitindo que o alerta seja convertido para a cor vermelha e assim permaneça até que seja recuperado.
Em qualquer abordagem realizada pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), caso o alerta esteja ativado, a composição conseguirá identificar a restrição, por meio de um aplicativo cadastrado em smartphones utilizados nas viaturas.
O celular será apreendido e a situação será conduzida à Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) para os trâmites necessários (prisão, apreensão ou registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência, a depender da situação).
O delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, reforçou que a Polícia Civil tem intensificado as investigações e apreensões dos celulares subtraídos no estado. “O primeiro passo é a localização do aparelho. Descobrimos quem está na posse desse aparelho e, a partir de então, a gente envia uma mensagem para a pessoa para que devolva o aparelho em uma Delegacia da Polícia Civil. O nosso índice de devolução é de 70%, aproximadamente, das pessoas que são notificadas”, detalhou.
Ainda segundo ele, é necessário a conscientização para que celulares não sejam adquiridos ilegalmente. “Em sua grande maioria, são pessoas que, infelizmente, não tomaram as medidas de cautela necessárias no momento da aquisição. Então, não verificaram a procedência do aparelho, a procedência do próprio vendedor, muitas vezes nem sabe quem é o vendedor, faz uma compra pela internet. Também não verifica se tem alguma restrição naquele aparelho através dos sistemas, do próprio Meu Celular”, alertou.