Assespro apresenta propostas sobre programa de software do governo

9 de agosto de 2012 - 16:25

Com preocupação em relação às medidas que o Governo Federal irá tomar no novo Programa Estratégico de Software e Tecnologia da Informação, a Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) apresentou à Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) um documento com 12 propostas que visam fomentar o setor.

Os itens discutem a criação de uma cadeia produtiva de TI e aumento da competitividade do setor de TI brasileiro; a definição do que é software brasileiro; a promoção do empreendedorismo digital; a ampliação do mercado para empresas nacionais; a definição do desenvolvimento de software no Brasil como inovação; a promoção da competitividade da indústria nacional através da contratação de empresas; o espaço para despertar vocações para o setor de TI; a ampliação da qualificação e oferta de recursos humanos qualificados; o incentivo da competitividade frente ao mercado internacional; a promoção institucional do software brasileiro; e, por fim, a regulação da utilização de tecnologias de computação em nuvem.

De acordo com Luís Mario Luchetta, presidente da Assespro, o principal receio da associação é de que o governo lance um programa que não atenda às necessidades do setor, além da preocupação com o incentivo para atrair empresas estrangeiras de TI para o país. “Não somos contra esse incentivo, porém, tememos que, com isso, as empresas nacionais fiquem desatendidas”, declarou. A associação possui 14 unidades regionais e representa mais de 1,4 mil empresas.

Quanto à possibilidade de transferência de tecnologia internacional, de maneira a fomentar os negócios, Luchetta acredita que isso só será possível por meio de acordos de cooperação e tecnologia integrada. Além disso, ele menciona que “não dá para o governo incentivar serviço e mão de obra de fora para competir com o parque local”. Segundo o presidente, o que falta para as organizações brasileiras se desenvolverem é a definição do que é software brasileiro. “Falta uma lei para o software no país”, destacou.

Apesar das preocupações, Luchetta diz que a Associação está otimista devido às inúmeras reuniões realizadas com a Secretaria, e espera que o programa, previsto para ser lançado no dia 20 de agosto, contenha as propostas alinhadas. A expectativa é que o projeto complemente o Plano Brasil Maior, considerado por ele um plano com falta de governança e representatividade.

 

 

Fonte: (ti inside online)