Novo padrão de Wi-Fi deve ser adotado aos poucos e em nichos

13 de setembro de 2013 - 17:10

O novo padrão de redes Wi-Fi definido pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) é pauta do mercado, mas de forma ainda discreta. A substituição do atual padrão 802.11n para o novo 802.11ac, mais conhecido como AC, caminha timidamente e muitas empresas ainda não estão se arriscando neste caminho.

A nova tecnologia é capaz de transferir dados em uma velocidade de 1,3 Gbps na teoria, enquanto o padrão atual N consegue chegar a 450 Mbps. Os aparelhos com novo padrão irão operar somente na frequência de 5 GHz, que possui mais canais disponíveis, diferente dos aparelhos 801.11n, que operam tanto na frequência de 2,4 GHZ, quanto na de 5 GHz.

A Aerohive, fornecedora de soluções Wi-Fi corporativas, recomenda a utilização do novo padrão em nichos específicos. “Como qualquer tecnologia, o padrão está evoluindo, mas achamos que a adoção vai ser um pouco mais lenta do que o mercado está dizendo. Recomendamos para ambientes de um único ponto de acesso e com alta densidade. Eu poderia trabalhar com o AC em outros casos? Poderia, mas por quê vou usá-lo se a maioria no mercado não o utiliza? As empresas precisam ter critérios para adotar o que é melhor para a corporação”, diz o diretor da Aerohive para a América Latina, Fernando Lobo.

Segundo o executivo, dentre os critérios a serem avaliados para a adoção da tecnologia estão a compatibilidade dos smartphones, tablets ou notebooks e se a rede será substituída pelo novo padrão, pois isso pode implicar também na substituição e perda de clientes que ainda não estão preparados para receber a novidade. “Se a rede visar uma missão crítica, é interessante usar a tecnologia já consolidada. Se ela for nova, iniciada do zero, pode usar o AC e o N. E se for de alta densidade, o AC”, recomenda Lobo.

A Aerohive acredita que o AC terá uma adoção plena a partir de 2015 e cita uma pesquisa da Infonetics, que mostra que 20% dos pontos de acesso embarcados no mundo em 2015 serão sobre o padrão AC, e em 2017, essa porcentagem será de 70%. A empresa deve lançar em breve uma solução para a nova tecnologia. “A tecnologia vai ser igual para todo mundo, todos terão maior velocidade, a questão está no uso das aplicações”, diz Lobo. Ele comenta que a fornecedora irá focar em aplicações como a Presence Analytics, voltada ao varejo, que fornece informações sobre os consumidores aos lojistas, como por exemplo, quantas pessoas olharam a vitrine da loja e quantas entraram. Outra aplicação é a Teachers’ View, que permite aos professores o controle do acesso ao Wi-Fi dentro da sala de aula.

Fonte: (Teletime)