Leilão do Cinturão Digital

22 de junho de 2012 - 15:06

Governo do Estado espera recuperar o investimento no Cinturão Digital. No leilão serão negociados três lotes

 

O leilão de concessão do uso comercial do Cinturão Digital está previsto para ocorrer no começo do segundo semestre. A expectativa do Governo do Estado é de recuperar o valor investido na implantação, R$ 60 milhões, segundo o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Fernando Carvalho. Conforme ele, já está tudo pronto para o certame. “Estamos esperando apenas pelos pregoeiros do Governo”.

 

Depois do arremate, os provedores têm até 180 dias para operar, quando a maior parte das cidades já deverá estar sendo atendida. Serão disponibilizados três lotes, com lance mínimo individual estimado em R$ 15 milhões, mas a aposta é de que haverá ágio. A concessão é de 15 anos e nenhuma empresa poderá arrematar mais de um lote.

 

Dentre possíveis participantes da disputa, Carvalho cita Embratel (Claro), Telefônica (Vivo), Intelig (Tim), Oi, GVT, Neovia e Telebras. Ele explica que a infraestrutura permitiria a concessão para até nove empresas, mas, para estimular a concorrência, apenas três lotes irão a leilão. “Nós temos umas seis empresas no mercado, mas precisamos de concorrência”, explica. Os resultados das concessões serão analisados por cerca de dois anos antes que se pense em levar os demais lotes a leilão.

 

Carvalho esclarece que, além do preço pela concessão e a da cláusula social, as empresas arcarão com a manutenção da infraestrutura, inclusive dos cabos que são usados pelo Governo do Estado. “O Estado não terá custo nenhum com manutenção”, ratifica o presidente da Etice.

 

A cláusula social da licitação deverá estabelecer tarifas de R$ 29,90 mensais para consumidores do Interior do Estado, com velocidade de 1 megabyte por segundo e até três gigas de tráfego de dados. “É é o grande diferencial porque, hoje, algumas prefeituras pagam R$ 5 mil de internet”. Apesar de não haver exigência por parte do governo, Fernando diz acreditar que todas as 53 cidades serão atendidas pelas empresas, por representar custo operacional muito pequeno.

 

Fonte: (Jornal O POVO)