Ministério da Defesa pede à Anatel faixa de 700 MHz para segurança da Copa do Mundo

22 de junho de 2012 - 14:15

 

O Ministério da Defesa já ingressou com pedido na Anatel para que seja destinada às agências de segurança pública (polícias federais, estaduais e militares) e o Exército brasileiro 20 Mhz de banda na faixa de 700 MHz

hoje ocupada pelas emissoras de TV abertas, para ser usada por sistemas de defesa para a Copa do Mundo, em 2014. O Ministério das Comunicações já assinalou que só irá tratar desta questão em 2016, quando termina o prazo da transição da TV analógica para a digital.

 

Segundo o general Santos Guerra, comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército brasileiro, o pleito apresentado no ano passado pelo ministério foi reafirmado este ano. Ele ressaltou que o ministério da Defesa não pretende pressionar a Anatel pela liberação da frequência, mas defender o bem público. “É necessário pensar no bem público e não apenas no uso comercial da banda”, afirmou o general.

 

Hoje o Exército e a Motorola Solutions mostraram aos jornalistas o primeiro teste feito na América Latina com a LTE (tecnologia de quarta geração móvel) para ser usado na segurança pública, com tecnologia de propriedade da empresa norte-americana. A Motorola só tem solução para situações críticas nesta faixa, que está sendo usada com intensidade pelos Estados Unidos e Canadá.

 

Conforme o presidente da Motorola, Eduardo Stefano, a empresa investiu US$ 2 milhões neste trial, que vai demorar no mínimo seis meses e cobre todo o Plano Piloto, no Distrito Federal. Durante este período a expectativa do Exército é que a Anatel já tenha conseguido liberar a frequência para dar tempo de os equipamentos serem fabricados no Brasil e usados para a Copa do Mundo.

 

Embora a adoção desta nova tecnologia obrigue ao Exército a abrir uma nova licitação, (e o Exército estaria aberto aos testes de outros fabricantes), o general Guerra salienta que a interoperabilidade com os sistemas legados (todos da Motorola) e a produção local são requisitos imprescindíveis para a escolha da nova tecnologia.

 

Este foi um recado claro para os demais fabricantes, que têm solução para a segurança pública, a Alcatel-Lucent e a israelense Rafael, de que a Motorola tem muito mais vantagens de ser a escolhida em uma provável licitação. “Mas para lançar a licitação, é preciso, primeiro, que tenhamos uma frequência definitiva, e não para uso temporário, como a de agora”, ressaltou o militar.

 

Fonte: (tele.síntese)