O Brasil terá a quarta maior rede de telecom do mundo em seis meses

Em seis meses o Brasil passa a ter a quarta maior rede de telecomunicações do mundo, ultrapassando a Rússia, em número de acessos (fixo, móvel, banda larga e TV por assinatura) e para atender a demanda dos serviços é necessário que o país não apenas reduza impostos para o setor como também mexa na regulamentação. A proposta foi apresentada hoje pelo diretor de Estratégia Institucional e Regulatória da Telefônica/Vivo, Aloysio Salles Xavier, em apresentação no 30º Encontro Tele.Síntese. “É preciso ajustar o modelo e as iniciativas estão com atraso porque o setor privado investe em telecom o correspondente a um PAC por ano”, afirmou. “É preciso avançar além da desoneração e criar um novo modelo regulatório  com novas diretrizes”, defendeu.

Hoje, a primeira rede em número de acessos  de telecom é a chinesa, com 1,613 bilhão, seguida pelas redes da Índia, Estados Unidos, Rússia, com 317 milhões de acesso e Brasil, com 314 milhões (dados de 2011).

O diretor da Telefônica/Vivo lembrou que o país começa um novo ciclo, com investimentos na 4G, em ajustes nas plataformas, o que exige ajustar o modelo “urgente”. Na sua avaliação, o setor de telecom, diferente de outros como o de energia ou de aviação, tem uma abordlagem diferente, em que o mercado toma as decisões de investimento e de tecnologia. “A atuação regulatória entra quando é necessário ajustes. As incertezas da demanda no longo prazo, da tecnologia, do regulatório e da economia são fatores que elevam o risco”, destacou.

O executivo propôs que o país remova barreiras de investimento, incentive a implantação de novas redes e apoie, via fundos setoriais, as redes nas regiões economicamente menos atrativas. Uma das barreiras apontadas por ele é a reversibilidade de bens. “O acesso a 100 Mbps por fibra não pode ser usado também para voz. Precisamos instalar dois cabos, um com fibra e um por par metálico, para que a fibra não seja considerada bem reversível”, afirmou.

Fonte: (tele.síntese)