Brasil figura em sétimo lugar em ranking de atratividade para investimentos em tecnologia

5 de julho de 2012 - 15:23

 

A consultoria inglesa Grant Thornton elaborou um índice para medir a atratividade de países para investimentos de empresas de tecnologia. Entre os dez mercados escolhidos para serem estudados, o Brasil ficou em sétimo lugar, com destaque para as oportunidades na área de m-health.

O cálculo do índice levou em conta quatro variáveis, com pesos distintos: cenário político e regulatório; infraestrutura e tecnologia; facilidade de abertura de empresas; e economia. Em uma escala que varia de 0 a 1, onde 1 é o máximo de atratividade, a nota do Brasil foi 0,46, empatado com a Holanda e à frente da Itália (0,41) e de Israel (0,33). Os seis primeiros colocados foram EUA (0,76), Reino Unido (0,65), China (0,6), Alemanha (0,59), França (0,54) e Índia (0,53). O Brasil recebeu as piores notas entre os dez países nos quesitos cenário político e regulatório e facilidade de abertura de empresas. O que puxou sua nota para cima foi o bom desempenho da economia, o terceiro melhor dentre os listados, na opinião da Grant Thornton.

Na análise sobre o Brasil, a consultoria ressalta como pontos positivos alguns relacionados à indústria móvel, como a redução de impostos para a fabricação local de tablets e as oportunidades na área de saúde móvel. “Há um grande setor de saúde privado no Brasil em razão da pressão sobre o sistema público de saúde e ambos querem adotar tecnologias de ponta, incluindo ferramentas de e-health e de diagnóstico remoto”, escreve o relatório.

O documento diz ainda que o Brasil é um potencial mercado para investimento em tecnologia por causa da sua “crescente e estável economia; um moderno sistema financeiro, que em grande medida escapou da crise financeira mundial; uma forte base de investidores locais; e uma classe média com quase 100 milhões de pessoais, que são potenciais consumidores de tecnologia”.

A Grant Thornton apontou como principal aspecto negativo a falta de mão de obra especializada em TI, cujo déficit deve alcançar a marca de 750 mil postos de trabalho em 2020. Os custos trabalhistas e a burocracia para abertura de novas empresas também foram citados como obstáculos.

 

 

Fonte: (Mobile Time)