Empresa traz para o Brasil Wi-Fi corporativo com controladora em nuvem

17 de julho de 2012 - 16:32

O item mais caro em uma rede Wi-Fi corporativa é a controladora, equipamento que gerencia os diversos access points (APs) e cujo preço chega a ser quinze vezes maior que o de um roteador comum. Para reduzir esse custo, uma start-up norte-americana chamada Meraki, fundada por ex-alunos do MIT, criou uma solução que dispensa a controladora enquanto hardware: seu papel passa a ser desempenhado na nuvem, sendo gerenciada de qualquer lugar, pela web. A empresa aportou no Brasil no fim do ano passado, sendo distribuída com exclusividade pela Allier, e já conquistou 30 clientes corporativos. Sua meta é obter um faturamento de US$ 1 milhão nos primeiros doze meses de vendas no Brasil, informa o gerente de produtos e canais da Allier responsável pela Meraki, Richard Fortes. A entrada no Brasil servirá de ponte para a expansão futura pela América do Sul.

Entre os primeiros contratos no País, destacam-se o Tribunal de Contas de Pernambuco e a cidade de Viçosa, no Ceará. “O problema é quando o edital de compra prevê a existência de uma controladora física”, comenta Fortes. Quando não há tal restrição, o executivo confia na vitória da Meraki em razão da diferença significativa de preço. Dois projetos de grande porte, um com 2 mil APs e outro com 5 mil APs, estão em vias de serem assinado. Um deles é o projeto de um governo estadual.

Outras funcionalidades

Fortes explica que o gerente de TI do cliente pode, através da web, gerenciar todos os APs que fazem parte da rede, mesmo se estiverem em localidades diferentes. Ou seja, é ideal para empresas com filiais espalhadas pelo País. Pela web, é possível acompanhar todo o tráfego, identificar os aparelhos conectados, estabelecer filtros de bloqueio ou de limite de velocidade por tipo de conteúdo ou tipo de device etc. “Nosso solução consegue identificar um iPhone 4 de um 4S, por exemplo”, afirma. Firewall e outros serviços estão embutidos no preço. A Meraki cobra apenas pela venda dos equipamentos e uma taxa de manutenção anual, que cobre atualização de firmware e novas funcionalidades, mas não inclui o gerenciamento remoto. Ou seja: se quiser, o cliente pode suspender o pagamento da taxa de manutenção e continuará tendo o controle de sua rede remotamente pelo site da Meraki.

 

 

Fonte: (Mobile Time)