TI Maior será grande parceria público-privada

20 de agosto de 2012 - 15:49

Meta do governo é estimular o desenvolvimento de software, uma vez que maior parte do faturamento do setor de US$ 37,5 bilhões é proveniente de serviços

O programa TI Maior, anunciado nesta segunda-feira (20), pelo Ministério da Ciência e Tecnologia tem como objetivo fomentar a produção nacional de produtos de tecnologia da informação, uma vez que grande parte do faturamento do setor no Brasil, US$ 37,5 bilhões, é composto de serviços. Para isso, o governo vai agir como “um grande maestro, tentando orquestrar as várias ações neste objetivo geral de fortalecer o segmento no país”, afirmou  Secretário de Política de Informática, Virgílio Augusto Fernandes Almeida.

O valor anunciado no programa, cerca de R$ 500 milhões para os próximos três anos, não seria então o grande destaque, mas sim o conjunto de ações integradas. Tal é este o caráter que o ministro da Ciência e Tecnologia,  Marco Antonio Raupp,  o definiu como uma grande parceria público-privada. “O TI Maior não se configura como um programa de incentivos, mas um conjunto de ações articuladas”, disse Raupp em seu discurso de lançamento.

A política consiste em quatro grandes áreas. A primeira delas no fomento ao desenvolvimento de produtos de TI por meio do poder de compra do governo, ao dar preferência a produtos com certificação de desenvolvimento nacional. A segunda vertente chamada de Start-up Brasil pretende acelerar o desenvolvimento de 150 empresas de software e serviços de TI até 2014, sendo 25% de start-ups internacionais e localizadas no Brasil.

A capacitação de mão de obra também será uma das vertentes do programa, com meta de formar 50 mil profissionais, por meio de parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) até 2014.

O programa ainda terá articulação com as demais políticas do governo, como o Brasil Maior. Para isso, foram estabelecidas áreas prioritárias para desenvolvimento de softwares. São elas: educação, defesa e segurança cibernética, saúde, petróleo e gás, energia, aeroespacial e aeronáutica, eventos esportivos, agricultura e meio ambiente, finanças, telecomunicações, mineração e tecnologias estratégicas (computação em núvem, mobilidade, internet e jogos digitais).

 

Fonte: (tele.síntese)