Ceará terá três cidades inteligentes

6 de setembro de 2012 - 15:15

Três cidades cearenses servirão de modelo para implantação do sistema de “Cidades Inteligentes”, que utilizam uma base de Tecnologia da Informação (TI) pra encontrar soluções inteligentes para gestão de cidades.

Barbalha, Maranguape e Mauriti foram escolhidas para participar do Projeto Cidades Inteligentes, que tem por objetivo desenvolver uma metodologia para um estudo aprofundado sobre o que acontece nas cidades, antes da implantação de um serviço digital eficaz.

Segundo o pesquisador Samuel Câmara, do mestrado em Administração da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e diretor do Grupo de Pesquisa de Cidades Inteligentes no Semiárido, o projeto visa a implantação desta filosofia em pequenas e médias cidades do semiárido nordestino. Para isso, o grupo viajou para conhecer casos de sucesso na Espanha, Portugal, Holanda e Finlândia.

“Fomos a Borba, Redondo e Évora (Portugal), Barcelona (Espanha), na Holanda a Amsterdã, Delft e Leiden, onde vistamos projetos desenvolvidos por universidades e instituições de pesquisa nas áreas de design e tecnologia, e na Finlândia estivemos em Helsinki e Vartaa, onde conhecemos um bairro inteligente onde estão construindo prédios com alta tecnologia e de convívio inteligente”, afirma Câmara.

Esses projetos são, segundo o pesquisador, verdadeiros laboratórios vivos para as universidades.

Roberto Pinto, professor e coordenador do mestrado de Administração da Uece e membro do grupo de pesquisa, diz que as soluções encontradas não podem ser transplantadas para a realidade de nossas cidades, mas que foram em busca da filosofia.

“Queremos identificar as necessidades e possíveis trajetórias para tornar nossas cidades mais inteligentes”, afirma Pinto. Segundo ele, nas três cidades cearenses serão feitas pesquisas/diagnóstico das necessidades, onde serão envolvidos alunos e professores da Uece. Com base nos dados, o objetivo é qualificar a gestão municipal no desenvolvimento de projetos que estejam sintonizados com as especificidades daquelas sociedades.

“Quando a sociedade não participa das soluções, ela não se apropria delas, aí acontecem os casos de vandalismo e abandono”, diz. O pesquisador acrescenta: “Soluções inteligentes não precisam ser complexas, mas têm que atender às necessidades da cidade”.

Para discutir todos estes aspectos está sendo realizado até hoje o workshop “Inovação em Cidades e em Aglomerados Econômicos para o Desenvolvimento Regional”, no Campus da Uece, no Itaperi. É promovido pela Uece, através do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) e do Núcleo de Excelência em Gestão, Inovação e Tecnologia (Gestic), com apoio do BNB.

 

 

Fonte: (O Povo)