Satélite brasileiro deve ficar para 2015, diz Telebras.

14 de março de 2013 - 17:51

Atraso no projeto possibilitou que a estatal registrasse lucro em 2012, com aplicação dos recursos parados.

Atraso no andamento do projeto adiará o lançamento do satélite geoestacionário brasileiro para 2015, afirmou, nesta quarta-feira (13), o presidente da Telebras, Caio Bonilha. Segundo ele, as questões relativas ao processo, as estratégias para aquisição e as dificuldades naturais de negociações dos três ministérios envolvidos são as principais causas. “Não dimensionamos o tempo suficiente para maturação do projeto”, reconhece, mas disse que agora os trabalhos estão fruindo bem e já no dia 15 de abril serão conhecidas as propostas das empresas à Request for Proposal (RFP), lançada em meados de fevereiro. Mas avisou que o novo prazo do satélite ainda está sendo negociado no governo.

Porém, tanto o atraso do projeto do satélite como o dos cabos submarinos, propiciaram o primeiro resultado positivo da estatal na era moderna. Em 2012, a empresa obteve lucro líquido de R$ 40,7 milhões, ante um prejuízo de R$ 47,9 milhões registrado no ano anterior. Esse desempenho, de acordo com Bonilha, foi consequência de aplicações de cerca de R$ 600 milhões do caixa da Telebras no mercado financeiro, investimentos legais autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O diretor Administrativo-financeiro e de Relações Institucionais da estatal, Bolivar Tarragó Moura, afirma que os recursos foram aplicados em fundos de investimentos da Caixa e do Banco do Brasil e renderam R$ 109 milhões à empresa em 2012. Para este ano, a avaliação do executivo é de que as aplicações sejam reduzidas, em função do avanço dos projetos especiais da empresa, ou seja, do satélite e dos cabos submarinos.
Bonilha afirmou, entretanto, que o melhor resultado de 2012 não foi o financeiro, mas o fato de que a estatal fechou o ano com 99% do orçamento previsto de investimentos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) cumpridos. “Com isso nós chegamos a 12 mil km de rede ativada com possibilidade de alcançar 880 municípios e devemos concluir, até o fim deste mês, os anéis Nordeste e Sudeste, passando para 15 mil km de rede”, disse. Ele informou ainda que nos meses de novembro, dezembro e janeiro, a estatal atingiu uma média de investimentos de R$ 18 bilhões/mês.

Para 2013, os recursos novos previstos no orçamento da União são da ordem de R$ 218 milhões. Em 2012, entrou no caixa da estatal apenas R$ 20 milhões.

Cabos submarinos

No caso dos cabos submarinos o atraso se deveu, de acordo com Moura, da demora na negociação com os parceiros para a construção dos mesmos. Os termos do acordo com o principal parceiro, a Odebrecht, já foram negociados, mas falta assinar o contrato. Além disso, a estatal mudou o modelo de parceria, que gora se assemelha ao arranjo adotado para a construção do satélite, de criação de uma empresa independente. No caso do satélite, foi constituída a Visiona, em parceria com a Embraer. “Vamos criar uma empresa que agregará os diversos parceiros nacionais e internacionais”, disse Moura.

Com o novo modelo, a Telebras abandonou a perspectiva de construir os cabos sozinha, como era previsto no projeto original e que gerou um orçamento de R$ 117 milhões em 2012. A expectativa é de que as decisões sejam fechadas ainda neste primeiro semestre. Ainda é possível entregar cabo submarino em 2014, afirmou Bonilha.

O presidente da estatal disse que a cautela adotada é decorrência da convicção de que todos os investimentos feitos por ela devem ser eficazes. “Não estamos preocupados com a quantidade do que a gente investe, mas com a qualidade dessas aplicações, isso é uma questão fundamental para nós porque somos uma empresa S/A”, disse. Ele afirmou que o que foi investido pela estatal comparado com o que já foi feito de rede é uma equação melhor do que alcançado por outras empresas.

 

Fonte: (tele.síntese)

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