Aplicativo traduz voz para língua brasileria de sinais

2 de abril de 2013 - 19:02

Desenvolvimento da solução levou dois anos e teve investimento de R$ 500 mil do CNPq, Bradesco Seguros, Telefônica / Vivo e Telefônica Wayra

A Prodeaf, empresa que desenvolve aplicações para dispositivos móveis, lançou hoje em São Paulo um aplicativo homônimo gratuito capaz de traduzir voz para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O desenvolvimento do programa, compatível, por enquanto, com aparelhos que rodem sistema Android, levou cerca de dois anos e teve investimento de R$ 500 mil do CNPq, Bradesco Seguros, Telefônica / Vivo e Telefônica Wayra.

Segundo João Paulo Oliveira, CEO da Prodeaf, a intenção é lançar versões para iOS (iPhone, iPad e iPod) e Windows Phone ainda neste semestre. A empresa também predende criar aplicativos regionais, que traduzem voz para Libras com o sotaque local. “Há gestos usados em Manaus que não são iguais aos de São Paulo”, lembrou.

O aplicativo Prodeaf Móvel já pode ser baixado em sua página oficial. Durante o desenvolvimento, realizado por programadores, designer mestres e doutores em linguística, a empresa convidou pessoas surdas para testar o produto. “Inicialmente, o sistema usava uma animação 2D, mas eles reclamaram da falta de expressividade do avatar”, conta Oliveira.

O programa, reformulado, ganhou então um personagem tridimensional, que não apenas gesticula, como esboça emoções. Além do desenvovimento de versões locais, a promessa é criar até o fim do ano um aplicativo que funcione em sentido contrário, capaz de registrar os sinais feitos por uma pessoas que use Libras e traduzi-los para o português.

No mesmo evento, a Telefônica / Vivo anunciou que vai levar a seus sites institucionais no primeiro semestre, e nos de serviços até o final do ano, outro sistema da Prodeaf para tradução de texto para a Libras. A Bradesco Seguros já utiliza o sistema em suas páginas desde dezembro de 2012. De acordo com a Federação Nacional para a Educação e Interação dos Surdos (Feneis), há 10 milhões de surdos no Brasil, dos quais apenas 7% são alfabetizados em português.

 

Fonte: (tele.síntese)

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