Telebras fornecerá serviços de CDN para provedores em 2014

13 de junho de 2013 - 16:31

O presidente da Telebras, Caio Bonilha, reiterou durante o 5º encontro nacional de provedores de Internet da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) que a estatal fornecerá serviços de CDN (Content Delivery Network) em parceria com provedores de conteúdo para provedores de acesso até o ano que vem. Segundo Bonilha, isso é reflexo da convergência de ofertas de triple play no mercado, que estaria pondo em desvantagem as empresas menores. “Além da banda larga, os usuários também querem conteúdo e outros serviços, e a própria lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) já é uma facilitadora para os provedores”, explica. “A Telebras não está alheia a esse processo, estamos estudando com outras empresas para entrar na cadeia de CDN e, em breve, vamos ver como dar condições a vocês (provedores de acesso) a ter outros produtos para os clientes, para competirem de forma mais isonômica.”

Bonilha diz que o serviço de CDN “seguramente será disponibilizado em 2014” com um investimento inicial “relativamente pequeno”. A arquitetura dessa rede, diz, vai depender do modelo de negócios escolhido. “Temos demanda e temos provedores”, garantiu ele. “Já completamos nossa rede, então não faz sentido a gente não ajudar”. Ou seja, o transporte de conteúdo será feito pela companhia, que deverá cobrar “preços competitivos” para que os provedores possam fazer pacotes triple play.

Ele ressalta que a Telebras está atualmente focada no fornecimento de infraestrutura para a Copa das Confederações, mas que, passado o evento, a empresa terminará de elaborar o plano. Ela vai disputar mercado com companhias como Level 3, que começou a prestar serviços de rede de entrega de conteúdo no ano passado, e Akamai. Em parceria com a Cisco, a TIM também deverá ser uma concorrente com um projeto de CDN, previsto para ser concluído no primeiro semestre de 2014.

A entrada no mercado de CDN visa a promover maior poder de competição a uma gama de mais de cem provedores que utilizam a infraestrutura da Telebras no País. Segundo Caio Bonilha, a empresa tem potencial para atender a mais de 1,5 mil municípios com a rede de 25 mil km de backbone, finalizado em maio. “Já chegamos a localidades remotas como Porto Velho, Pará, Amapá e todo o Nordeste”, afirmou. Com o projeto do satélite geoestacionário brasileiro, as demais localidades onde a rede física não terá condições de atender estarão cobertas.

Data center

A Telebras ainda está trabalhando com a prefeitura de Fortaleza para a construção de um data center para a rede, que deverá ser concluído entre o final de 2014 e começo de 2015, após licitação. “Estamos com o edital pronto, só paramos para a troca de governo”, diz Bonilha, citando a troca de prefeitura na capital cearense. “Agora estamos ratificando”.

Com orçamento de cerca de R$ 500 milhões, a empresa deverá fazer pela primeira vez uma conferência para analistas. Mas Caio Bonilha avisa que, apesar do histórico, a estatal apenas acabou de concluir seu backbone, onde estavam concentrados seus esforços. “Somos uma startup, de papel temos três anos. Então, às vezes, os resultados não são tão bons”, avisa.

Fonte: (teletime)

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